terça-feira, 26 de abril de 2016

Carlinhos Félix



Natural do Rio de Janeiro, iniciou seus contatos com a música estudando violão com o professor Nilo,[3] tudo isto impulsionado através da conversão religiosa de sua mãe, quando Felix tinha oito anos. A partir daí, na igreja ao qual era membro, recebeu incentivos na música.[1]

Após isso, ingressou no Instituto Villa-Lobos, onde se formou. Mais tarde, passou a trabalhar na Petrobras. O músico é formado em engenharia.[3]

Carreira

Após formar-se no Instituto Villa-Lobos, passou a atuar como músico profissional. O primeiro grupo em que integrou-se foi o Sinal Verde, uma banda de rock progressivo formada por membros da Igreja Presbiteriana de Copacabana. Dentre os integrantes, o principal compositor deste conjunto eraLucas Ribeiro, e foi com o músico que Carlinhos escreveu algumas de suas primeiras composições.[5]

Enquanto o Sinal Verde se apresentava em vários locais do Brasil, Carlinhos Felix trabalhava na Petrobras, empresa a qual permitia que o músico faltasse dias de trabalho para viagens. Segundo o baterista do Sinal Verde, isto foi crucial para que Felix conseguisse conciliar seu trabalho como músico com a de engenheiro. Ao mesmo tempo, chegara na igreja o músico Janires, que estava formando o Rebanhão e precisava de um guitarrista no grupo. E, como, dentre de todos do Sinal Verde, Felix tinha mais tempo disponível, Janires o convidou para ingressar no Rebanhão.[5]

O primeiro trabalho do Rebanhão foi lançado ainda em 1981, de título Mais Doce que o Mel. O trabalho teve alta notoriedade no segmento, considerado uma obra-prima da música cristã brasileira. Neste trabalho, Carlinhos escreveu a letra de cinco das dez canções, dividindo os vocais com Janires. Com a popularidade do Rebanhão, Carlinhos Felix deixou o Sinal Verde.[5]

Em 1983 a banda lançou o trabalho Luz do Mundo, também executado em rádios não-cristãs do Rio de Janeiro. Junto com a banda gravou o disco Janires e Amigos, o primeiro álbum ao vivo da música cristã brasileira.[6] [7][8] Após a saída de Janires, o Rebanhão fechou um contrato com a gravadoraPolyGram e a partir daí foram lançados trabalhos no comando do trio Felix, Braconnot e Marotta. Ao contrário de Janires, Felix e Pedro Branconott levaram ao Rebanhão à uma sonoridade guiada pela música pop, mas não deixando o rock como gênero principal do trabalho. Em 1985 lançou Semeador e dois anos depois Novo Dia.[9] Anos depois era lançado o disco Princípio.[10]

Em 1988, Carlinhos participou do discoFalando de Vida, da Banda e Voz, escrevendo e cantando a música "Falando de Vida", que se tornou um dos principais sucessos do grupo carioca.[11]

Em março de 1991, Carlinhos Felix começa a gravar seu primeiro álbum solo, intituladoCoisas da Vida. Pedro Braconnot, também integrante do Rebanhão colaborou nas gravações. Mais tarde, gravou Pé na Estrada, seu último álbum na banda. Segundo o próprio, a saída do Rebanhão foi natural e tranquila.
[...] os convites começaram a surgir para ministrações individuais. Fomos tendo a direção de Deus para isso e tudo aconteceu de uma forma muito tranquila. Éramos e ainda somos muito amigos, o Pedro me ajudou na gravação. Foi muito legal e eu queria muito realizar este sonho.Coisas da Vida foi muito especial pra mim. Foi muito bem recebido na época pela critica e pelos músicos seculares.

—Carlinhos Felix sobre seu álbum de estreia,Coisas da Vida.[1] [12]


No ano seguinte, lançou pela Line Recordsseu segundo projeto solo, Carlinhos Felix, mas seu destaque veio com Basta Querer, lançado em 1993 pela MK Music, com o sucesso da faixa-título. Anos depois, produziu o primeiro álbum da coletânea Amo Você.[11] e gravou o álbum Nada a Perder, com a participação dePaulo Marotta em "Muro de Pedra".[13] A seguir, lançou vários trabalhos, recebendo prêmios e indicações, como o Troféu Promessas, Troféu Jubileu[9] e Troféu Talento, sendo neste último homenageado em 2004 por sua contribuição à música cristã brasileira.[14]

No início dos anos 2000, morou por uns anos nos EUA, onde tornou-se pastor. Após voltar ao Brasil, mudou-se para Vila Velha, no Espírito Santo.[4] Em 2004, lançou o trabalhoNa Tua Sombra pela gravadora Graça Musiccom produção de Ruben di Souza, ao qual se destacou a música "Santo Nome". Sua versão em DVD foi gravada no Olympia em São Paulono ano seguinte.[9]

Após fechar um contrato com a Som Livre, lançou em 2011 o disco Primeiro Amor - O Melhor de Carlinhos Felix, uma coletânea que reúne grandes sucessos do músico.[15] [16]

Em outubro de 2012, o cantor fechou um contrato com a gravadora Sony Music, e a partir daí anunciou o lançamento do discoLindo Senhor. O single, "Baião Eletrônico", foi liberado na semana seguinte.[17] O projeto reúne regravações do músico ao vivo no evento Jesus Vida Verão, unindo algumas músicas inéditas, e regravações de outros artistas, como as músicas "Baião Eletrônico", da Banda Azul, "Amor de Deus", do Fruto Sagrado e "Marca da Promessa" do Trazendo a Arca.[12]
Engraçado que eu o preparei para ser lançado de uma forma muito especial, com toda luta e dificuldades de um independente. Fiz com todo carinho, coloquei as canções que eu gostava, queria muito cantar e ter postadas num álbum. Depois vieram as inéditas que completou legal o projeto. É muito legal saber pelo Mauricio que a música está entre as 14 mais tocadas no Brasil. Quase comprei uma caixa de fogos e estou devendo um jantar especial pra meus filhos e para Adriana por conta desta posição do álbumLindo Senhor. Pra muitos cantores isso pode não ser nada, mas eu festejo este presente de Deus e o carinho dos irmãos e da emissoras de rádio do país.

— Carlinhos Felix sobre a gravação e repercussão do álbum.[12]


Em 2013, o cantor atuou no filme Um Lugar para ser Feliz.[18]

Em 2014, o cantor lançou o single "Não Posso me Calar" e voltou à banda Rebanhão, juntamente com Pedro Braconnot, Paulo Marotta e Pablo Chies.[19] [20]

Críticas

Rebanhão

Em uma entrevista à Folha de S. Paulo em 1991, o músico declarou que sofreu muito preconceito pelos religiosos da época principalmente por conta dos instrumentos que o Rebanhão utilizava.[21]
Nós queríamos entrar na igreja com bateria e guitarra com som distorcido. No início houve um certo preconceito, depois eles aceitaram.

— Carlinhos Felix comentando à Folha de S. Paulo sobre o início do Rebanhão.[21]

Guerra entre igrejas

Em 2012, Carlinhos Felix usou seu Twitterpara fazer uma crítica dos confrontos entre aIgreja Universal do Reino de Deus e Mundial do Poder de Deus, reprovando o fato. "Hoje acordei pensando nessa guerra de tronos que está existindo. O mais preocupante é que todos são profundos conhecedores da palavra! Ou não? Resolvi tirar um tempo de oração por essa galera, em vez de ficar esperando o vencedor dessa guerra! Vamos nessa? Isso é muito sério."[22]

Música cristã contemporânea - anos 2000

A partir de sua volta ao Brasil, em entrevista, o cantor declarou ter encontrado muita música sem identidade, e com fraqueza lírica e sonora, e que isso estava desvalorizando a música cristã brasileira, também relaxando os talentos.[4]

"Por aqui tenho ouvido muita coisa sem identidade. Estamos atravessando um momento de cópia. Acho que a coisa está indo muito para o lado comercial e o medo de fazer um projeto e não vender faz as pessoas copiarem o que está vendendo. Acho que isso tem empobrecido a nossa rica música gospel e relaxado os talentos. Acredito que Deus tem dado muitas músicas e letras lindas para os compositores, mas estas pérolas estão sendo engavetadas e muitas indo para o lixo por causa do sistema que tem invadido o nosso ambiente."[4]

Quase dez anos depois, o músico não mudou sua opinião, porém declarando que existem pontos positivos que devem ser observados, como a abertura e a liberdade na criação e audição de músicas.[12]

Discografia

Solo

Álbuns ao vivo
1996: Ao Vivo
2001: Ao Vivo na Flórida
2012: Lindo Senhor

Compilações
2000: Carlinhos Felix Hits
2000: Carlinhos Felix Hits 2

Com o Rebanhão
1981: Mais Doce que o Mel
1983: Luz do Mundo
1985: Janires e Amigos
1985: Semeador
1987: Novo Dia
1989: Princípio
1991: Pé na Estrada
2015: Rebanhão 35 anos

Com a Sinal Verde

Como músico convidado e/ou produtor musical[11]

1988: Falando de Vida - Banda e Voz (vocal em "Falando de Vida")
1988: Expresso Luz - Expresso Luz(guitarra)
1988: Volta - Grupo Águas (guitarra)
1995: Amo Você Vol. 1 - Vários artistas(produção musical e vocal)
1996: Amo Você Vol. 2 - Vários artistas(produção musical e vocal)
1997: Amo Você Vol. 3 - Vários artistas(vocal)
1999: Acústico 10 Anos - Fruto Sagrado(vocal em "Amor de Deus")
2006: Minhas Canções na Voz dos Melhores Vol. 1 - Vários artistas (vocal em "Festa no Céu")
2007: Minhas Canções na Voz dos Melhores Vol. 2 - Vários artistas (vocal em "Pare de Sofrer" e "Sempre Juntos")
2009: "Sorria" - Comunidade das Nações(vocal)

Videografia

1999: Rock in Rio Café
2005: Na Tua Sombra
Fonte: wikipédia

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